segunda-feira, maio 12, 2008

Maioridade e Iconoclastia (Incluindo "o Rascunho")

-"Vim matar você", disse
-"Não sou importante o suficiente para conversar com meu assassino."
-"Eu o farei." sempre impaciente
-"Quem me garante" hesita "que destruirá o homem?"
-"Você."
-"Não tenho certeza?"
-"Se deixar violentar, como violentou minha mãe, é parte do processo de tornar-se um ídolo."
-"Como pode me matar, seu ídolo?"
-"Ídolos não morrem. O homem eu matarei."
-"E como devo chamá-la, então?" o sangue e seu livro se espalham.
-"Prima." disse Prima "O homem, os pecados e os segredos são perdoados, de tão breves."
-"Obrigado."
-"Não por tão pouco que lhe fiz."

4 comentários:

Salpicão Mesquinho disse...

Não sei se compreendo de todo, mas devo admitir que há algo de especial em sua escrita

Salpicão Mesquinho disse...

Perdão por errar vosso sobrenome

Aceito a dica

Salpicão Mesquinho disse...

Deixa eu ver... o Manuel Bandeira lembra daquilo porque foi uma frustração, um sentimento negativo, que o marcou pela vida inteira. Então, quando o assassino diz que "Se deixar violentar, como violentou minha mãe, é parte do processo de tornar-se um ídolo", ele quer dizer que o processo da violência deixa marcas tão profundas que acaba se tornando um ídolo mental. Estou chegando perto ou viajei?

yuribt disse...

"Não aprendeste nada."