quinta-feira, novembro 09, 2006

A Sirene

Himler não estava bem, estava sentindo uma angústia, uma dor intensa. Não queria fazer aquilo, mas ao mesmo tempo precisava. Eu não quero. Atirou. Eu não queria. — Vá logo!Sentiu uma ânsia, não sabia por que, vomitou. Até a última gota. Caiu no chão. — Vá! Seu Marica! Eu não quero. Rapidamente se levantou. Correu pegou a arma e atirou, atirou, atirou. Jogou-a longe. Ele Definitivamente não ria. Escorreu uma lágrima e ele sentiu o salgado e molhado gosto. Foi atingido por uma pedra ao som de gargalhadas, que ao seu ouvido se transformava no berro de um demônio. Himler correu o quanto pode. Pulou atrás de alguns arbustos. Tirou seu casaco. O frio era congelante, mas ele precisava chorar e berrar, berrar muito, até o final de sua raiva. Ou voz. E assim o fez. Queria muito que todos aqueles bastardos explodissem naquele exato momento. Foi quando ouviu uma Sirene seguida de um estrondo. Sentiu o chão tremer. Imaginou ser uma bomba. A bomba. Aquela que mandaria aqueles ratos fedidos para o ar. Aquela que o vingaria. A Sirene continuava a tocar. Seus ouvidos doíam. Ouviu um barulho estranho. Não sabia o que era. Era como uma esteira mecânica que não parava nunca. Era agonizante. Cada vez mais perto. Dessa vez ouviu um estrondo horrivelmente alto. Um capacete em chamas caiu ao seu lado. Levantou a cabeça em uma súbita e incontrolável curiosidade. Seus olhos quase explodiram. Seu queixo entrou em queda eterna. Havia um tanque de guerra. A Sirene. Enquanto olhava para o tanque, ouviu algumas palavras a sua esquerda. Reconheceu um certo emaranhado de palavras russas. Olhou. Viu. Dois soldados conversavam. Nada entendia o pobre Himler. Olhou para o outro lado. Lá estavam uns quatro corpos jogados no chão. Reconheceu-os rapidamente. Eram quatro, daquele bando de uns quinze ratos. Sentiu um enorme prazer. Superior à qualquer droga já inventada. Era indescritível. Olhou novamente para os soldados. Viu. Foi visto. Fuzilado. Caiu, e em uma enorme tentativa de pensar, apagou.

Felipe Nasser

7 comentários:

Anônimo disse...

ficou cheio de erro.. mas sei lá.. se esforcem e vcs "entenderão"

Anônimo disse...

acho q n tá cheio.. tem alguns

Maurício disse...

eu cuido disso depois. e me lembra um pouco de outra coisa que escrevi...

Rosa Maria disse...

eu gostei!
escreva sempre okay?

Anônimo disse...

preguissa..

Anônimo disse...

vou pensar no seu caso

Rosa Maria disse...

obrigada!