segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Parênteses.

Leitores deste blog (espero que vocês existam),

Publiquei essa semana o texto abaixo, Gesualdo, e não sei se ficou bom. Por isso, gostaria de fazer um apelo pela sinceridade nos comentários das minhas postagens (não sei se os outros blogueiros compartilham dessas idéias, mas eles podem se manifestar a respeito depois). Então se algum leitor achar alguma coisa (qualquer coisa) de algum texto meu, por favor, comente. Seja boa ou ruim, vá em frente, sem medo de ofender.

Digo isso por dois (ou mais) motivos, a saber:
Em primeiro lugar, escrevi o último texto à noite, com sono e numa tacada só. Nem reli antes de publicar. Só fiz isso agora e achei que alguma coisa saiu errada, e queria saber dos leitores o que eles acham.

Em segundo lugar, estava lendo um blog de poesias agora há pouco, quase sem comentários, e era uma caca. Pretensioso e tosco. Talvez se alguém avisasse o dito cujo ele melhoraria um pouco a coisa toda. E eu posso estar sendo tosco e pretensioso (mal e mal me conheço, e sei que escrevo muita bobagem sem perceber).

Por favor, não me deixem publicar tosquices. Se eu o fizer, avisem! Se estou publicando na internet é porque quero que as pessoas leiam e achem alguma coisa. Ficarei feliz se gostarem, mas acharei muito legal se as pessoas considerarem algum texto uma grande merda e explicarem isso. Vale, inclusive, correção gramatical.

Por favor, atendam a este apelo desesperado e, pelo bem ou pelo mal, comentem.

5 comentários:

yuribt disse...

Cara, eu acompanho este blog há tempos, e vejo as escassas publicações.
E um blog muito caro pela qualidade, se não sempre dos textos, dasa reflexões.

Como houve esse seu pedido de comentários sinceros, comento.

Aquele texto (e comento aqui porque foi esse parênteses que me fez comentar), eu o recebi dia desses, mas nem li, porque estava com a caixa de leitura cheíssima, e ele não me interessou no primeiro parágrafo.

Pois agora eu o li pela primeira vez e não gostei. Achei o ritmo rápido demais, ou o estilo muito mais de roteiro do que de conto.
Fiquei achando que faltava alguma coisa para eu entrar no clima e realmente ver a cena toda descrita. Talvez a música que aparece no fim.

Mas li uma segunda vez. E desta vez gostei mais (e não foi um desgôsto menor, desta vez foi gôsto, mesmo). Acho que gostei porque me forcei a ler mais calmamente, com mais lentidão. Talvez pra mim falte isso, o ritmo, mesmo que ele seja irregular. Não sei se é a pontuação ou se uma prosa em versos resolveria. Acho também que pelas imagens serem intensas, poderiam ser reforçadas.

É. Acho que eu faria com mais vazios no meio.


(Espero não ter soado arrogante. Falei o que "eu mudaria", sem querer me apossar do texto, ou transformá-lo como se fosse meu. De qualquer forma, isso servirá pra você ver o que eu entendi e comparar com o que você pretendia que eu tivesse entendido.)

Abraço

Yuri

Salpicão Mesquinho disse...

Por acaso o poeta trapalhão em questão possui um número de três letras?

Por sinal, acabei de ler o texto que você me mandou por MSN, e aqui vão meus comentários iniciais:

Você realmente começou a escrever só por vontade, sem nenhuma idéia em mente, como afirma o começo do texto? Porque eu, pessoalmente, não recomendo muito isso (desculpe a pretensão de querer recomendar alguma coisa)... o começo do texto não empolga muito, e a obra acaba ficando desconjuntada, porque parece que você só teve a idéia da "revolta literária" depois (talvez isso tenha realmente ocorrido) e o negócio acaba mudando totalmente de foco

Mas achei muito legal a idéia de ironizar a separação entre "autor" e "narrador"... realmente, quando o texto é burro, mal-escrito ou comete algum deslize, sempre é culpa do narrador, e na verdade foi uma complexa ferramenta linguística cuidadosamente planejada pelo autor, hahaha

Mais uma coisa: tenho a impressão de que os recursos de começar um texto tentando escolher ao acaso seus elementos e também o de os personagens se revoltarem são levemente batidos... mas parece que você estava escrevendo despretensiosamente, então tudo bem

Ah, e teve partes que eu gostei muito, tipo "cuja barriga levemente protuberante dizia, nessa linguagem secreta das barrigas, que a flor de sua idade já se havia ido há um bom tempo" e até aquela frase da garça da qual você tanto caçoou.

Beijocas sapecas do

Salpicão

Salpicão Mesquinho disse...

PS: Voltei a postar na Confraria

WoO disse...

Vocês são dez! Valeu pelos comentários.

WoO disse...

Ah, sim, Salpicão. As características não foram escolhidas tão ao acaso. Todos eles têm algo em comum. É pra falar? Posso deixar em segredo.